sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amor e Sexo


Eu, lavando as mãos no banheiro feminino do shopping escuto uma moça falando para outra: ''Ai amiga, eu dei para ele ontem, o que eu faço agora? Ligo?'' E a amiga com a maior calma do mundo, responde: ''Amiga não liga! Existem homens que é só para dar, e o Ricardo, é um deles.'' E isso me fez pensar, as diferenças entre ''só para dar, para amar''.

Dar não é fazer amor, dar é simplesmente dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Dar é quando alguém te puxa os cabelos da nuca, te vira sem delicadeza. Dar é porque o cara  te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar sem querer casar, sem querer apresentar para a mãe, dar porque relaxa. Tem caras que você vai acabar simplesmente dando, não tem jeito. Dar é sem esperar carinho, é sem esperar promessas, dar é não ouvir a palavra futuro. Dar é bom, na hora, durante um mês. Para as desavisadas, anos talvez. Dar é ficar vazia, dar não é ganhar. É não ganhar um ''eu te amo'' baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar um ombro quando todos os problemas tentarem te abduzir. É não ter para quem dar o primeiro abraço do Ano Novo. É não ter quem apresentar para a mãe, quem querer casar. Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão, esse sim relaxa, esse cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar. Enfim, dar é isso e aquilo, o amor é tudo e mais um pouco





  

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